Vinho reservado: veja o que é e se vale a pena!
Ao buscar vinhos para abastecer a adega, você já deve ter encontrado algum com o termo “Vinho Reservado” estampado no rótulo. Mas você sabe o que isso significa?
É muito comum as pessoas confundirem os rótulos denominados como “Vinho Reservado” com os que carregam a nomenclatura “Reserva” em suas garrafas. Mas acontece que, apesar de parecidas, são palavras com sentidos muito diferentes.
Mas calma! Hoje vamos explicar o significado desses termos e a diferença entre eles para evitar equívocos no momento de brindar. Vamos lá? 😉
O que é Vinho Reservado?
Na verdade, a nomenclatura “Vinho Reservado” nada mais é do que uma marca. Ou seja: é um apelo comercial que os produtores podem (ou não) usar nos seus rótulos. Isso depende da proposta da linha de vinhos em questão ou da escolha da própria vinícola.
Além disso, não existe nenhum tipo de critério ou legislação a ser cumprida para que um vinho seja considerado Reservado. Por isso, os produtores podem utilizar essa nomenclatura em qualquer rótulo.
O Vinho Reservado é muito comum no Novo Mundo, especialmente em países da América Latina, como a Argentina, Chile, Uruguai, e até mesmo o Brasil.
Características dos Vinhos Reservado
O Vinho Reservado geralmente tem caráter jovem, ou seja, ele costuma ser engarrafado logo após o processo de produção, sem passar por barricas de carvalho ou até mesmo descansar na própria garrafa.
Sendo assim, de um modo geral, as características mais frequentes e marcantes do Vinho Reservado são:
- Costuma ser frutado tanto no paladar quanto no olfato;
- Está pronto para o consumo imediato e, por isso, não é recomendado guardá-lo a partir de 2 anos após a produção do rótulo;
- Geralmente não passa por envelhecimento em barricas de carvalho ou nas garrafas;
- É mais comum ser varietal (feito com uma única uva), mas também existem versões blends (feitas com diversas castas).
Agora que você já sabe o que é o Vinho Reservado, vamos às diferenças entre ele e os Vinhos Reserva.
Qual a diferença de Vinho Reservado e Vinho Reserva?
Existem diversas diferenças entre esses termos tão comuns no mundo do vinho. A principal delas é a regulamentação e os critérios para a produção dos rótulos.
Em países do Novo Mundo, como os que já mencionamos, tanto o termo “Vinho Reservado” como o “Reserva” não possuem legislação ou um método de produção específico. Dessa forma, as vinícolas são livres para escolherem quais vinhos serão denominados assim.
Já em países do Velho Mundo, como a Itália e Espanha, por exemplo, existem regras específicas para que o vinho possa ser chamado de Reserva.
Essas normas estão majoritariamente relacionadas à passagem da bebida em barricas de carvalho. Porém, elementos como a graduação alcoólica do líquido, o tempo de amadurecimento em madeira, ou algum outro detalhe no processo de vinificação também compõem os critérios para que um vinho estampe a palavra “Reserva” em seu rótulo.
Tendo isso em vista, um outro fator que diferencia o Vinho Reservado do Vinho Reserva é que o segundo costuma ser um rótulo mais premium dentro do portfólio das vinícolas.
Isso acontece porque, além da complexidade que as barricas de carvalho aportam ao vinho, esse recurso também demanda investimento e tempo dos produtores. Algumas bebidas podem passar anos em contato com a madeira antes de chegarem nas adegas.
Também é importante ter em mente que, em se tratando do termo “Reserva”, ele pode ter mais de um significado. Essa diferença pode ocorrer entre países que produzem vinhos ou até mesmo em diferentes regiões vinícolas dentro do mesmo país.
Um exemplo disso é a Itália. Na região de Barolo, as leis da Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG) determinam que o vinho Barolo envelheça por, no mínimo, 3 anos. Desse período, 2 anos são em barris de carvalho e 1 na própria garrafa.
Agora, para ser considerado “Riserva”, o Barolo deve envelhecer por um período mínimo de 5 anos, sendo 3 em barricas e 2 na garrafa.
Já na região italiana de Chianti, o vinho Chianti deve, também pelas normas da DOCG, envelhecer no mínimo 6 meses. Por outro lado, a versão Riserva deve amadurecer 24 meses no mínimo, incluindo 3 meses em garrafa.
Em se tratando de Espanha, existe uma regra que abrange as regiões vinícolas do país de um modo geral. Os vinhos tintos devem passar por um envelhecimento mínimo de 36 meses, sendo 12 deles em barricas e o restante em garrafas. No caso dos brancos e rosés, o amadurecimento deve ser de 18 meses, sendo 6 em madeira e o resto em garrafa.
E então, ficou mais fácil distinguir esses estilos de vinho? Depois de entender melhor a diferença, você já tem ideia de quais são os melhores rótulos para brindar em grande estilo? A gente explica!
Quais os melhores Vinhos Reservados?
É importante ressaltar que o termo “Vinho Reservado” não está ligado à qualidade, e sim, à proposta do produtor.
Como já comentamos, o estilo dos Vinhos Reservados é mais frutado e jovem, para consumo imediato.
É interessante ter em mente que, se a sua preferência é por vinhos mais encorpados e complexos, por exemplo, esse estilo de vinho pode não agradar de primeira.
A nossa dica é sempre experimentar os mais diversos tipos de vinho para aumentar o seu repertório, descobrir novos sabores e aromas, conhecer novos produtores, e viver novas experiências.
Agora que você já sabe mais sobre Vinho Reservado e Vinho Reserva, que tal degustar novos rótulos e brindar com a família e os amigos? Encontre as pedidas ideais e abasteça a sua adega no nosso site! 😉