O Vale do Rhône é considerado o elo entre o clima continental e o mediterrâneo, entre as famosas regiões de Borgonha e Provence. Junto com a especificidade do clima, temos também a junção de diferentes solos. Esse conjunto permite que os produtores juntem tradição e originalidade, obtendo vinhos notáveis. 

NORTE E SUL DO RHÔNE: QUAIS AS DIFERENÇAS

O Rhône está situado no sudeste da França. A região começa logo depois de Beaujolais, um pouco abaixo da famosa Lyon, um grande centro gastronômico do país, e os vinhedos estão situados entre os paralelos 44 e 45 norte. A produção aqui é majoritariamente de vinhos tintos, que representam 86% do total.

A região tem esse nome pois é literalmente um vale em torno do rio Rhône, que nasce das águas do glaciário derretido no alto dos Alpes Suíços e corre em direção ao Mar Mediterrâneo. O rio desce 1.800m em uma extensão de 813 km e tem um efeito moderador sobre a temperatura da região, ajudando a suavizar as variações térmicas e diminuindo o risco de geadas durante a primavera (já que geadas nessa época podem matar os brotos de uva).

Dividimos a região do Rhône em norte e sul porque existem muitas diferenças entre elas. O norte é mais estreito e com encostas bem íngremes que vão suavizando e alargando até chegar na parte sul do Vale. Além disso, há diferenças no clima, no solo e nas variedades de uvas – consequentemente, os estilos de vinhos que cada um produz também é diferente.

Fonte: Wine Folly

O RHÔNE NORTE

São cerca de 3.240 hectares de vinhedos, sendo que a maioria dos vinhos do Norte provém de denominações classificadas como Cru. Apenas 5% da produção de todo o Rhône sai daqui.

Aqui o clima é mais continental, com temperaturas notavelmente mais baixas do que o sul. Isso em época de brotação resulta em rendimentos mais baixos, ou seja, o produtor tem menos uvas por videiras. Também por conta disso, as uvas possuem menos tempo para amadurecer. Assim, castas de maturação mais precoce se dão melhor no norte. 

Os produtores precisam lidar com um vento muito frio chamado mistral, que sopra com força e vai criando ainda mais velocidade conforme desce o vale e pode danificar as videiras, que precisam ser suportadas por 2 ou 3 estacas conhecidas como ‘échalas’

No norte, o solo é composto majoritariamente por mica e xisto, com subsolo de granito e os vinhedos são plantados em encostas bem inclinadas e próximas ao rio. Essa inclinação dificulta o cultivo e a colheita, processos que acabam tendo que ser manuais. Esses fatores agregam valor e contribuem para um aumento de preço dos vinhos da região.

Todas essas condições tornam o norte ideal para o cultivo da casta Syrah, a única variedade tinta autorizada no norte do Rhône. No caso das uvas brancas, temos 3 variedades autorizadas: Viognier, Marsanne e Roussanne. Em algumas denominações essas uvas podem ser utilizadas para elaborar vinhos brancos e, em outras, é permitida a adição de uma pequena porcentagem de Viognier no vinho tinto como forma de aportar aromas e auxiliar na fixação de cor.

Os vinhos tintos da região são secos e bastante tânicos. Tendem a ter cor profunda e apresentar aromas que lembram frutas negras, pimenta preta e flores como violetas. Normalmente são vinhos feitos para envelhecer, e com o passar do tempo adquirem aromas de caça e couro. A maioria dos vinhos brancos da região são feitos no estilo seco também.

CURIOSIDADE: uvas brancas podem ajudar a estabilizar a extração de cor das uvas tintas. Você sabe de onde vem a cor dos vinhos tintos? Os pigmentos que geram as cores vermelho, azul e preto são da família dos compostos fenólicos, conhecido por antocianinas, da mesma família que os taninos. Acontece que esses pigmentos podem mudar de coloração de acordo com o pH da solução em que se encontram. No pH do vinho (3,4), apenas 10% das antocianinas existem em um estado que expressa a cor vermelha.

A copigmentação descreve uma interação entre uma antocianina e um substrato incolor que realça os tons de vermelho-azulado dos vinhos tintos jovens. Acredita-se que algumas variedades de uvas brancas contêm concentrações mais altas de substratos não coloridos, e por isso, acredita-se que ao misturar cerca de 10-15% de uma variedade de uva branca a uma fermentação de vinho tinto aumenta o potencial para a formação de copigmentação. Isso é muito comum no norte do Rhône!

O RHÔNE SUL

O sul começa na cidade de Montélimar e vai até Nîmes. Nessa parte, o Vale começa a  alargar e o terreno fica bem mais plano quando comparado ao norte. Os vinhedos começam a se estender para longe do rio também, até cerca de 80km. 

O clima na parte sul é Mediterrâneo, o que significa um clima mais árido, com verões mais quentes e sem a presença de chuvas, fazendo com que uvas mais resistentes à seca se adaptem melhor nessa parte da região; já as noites mais frias ajudam a preservar a acidez das uvas. 

Apesar do terreno mais plano, há alguns picos e cadeias de montanha, cujo ar quem vem do topo beneficia os vinhedos plantados nas bases. Aqui temos 5 principais tipos de solo: pedregoso (conhecidos como galets), argila, calcário, arenito vermelho e loess (um conglomerado de rochas sedimentares). 

As videiras costumam ser plantadas sem nenhuma forma de sustentação e são podadas para ficarem baixinhas, próximas ao chão. Isso as ajuda a resistir à força dos ventos Mistral. Essas videiras também precisam que a colheita seja manual, já que a pouca distância do chão não permite o uso de máquinas. Outro fator é que as videiras são mais espaçadas para que não haja competição por água entre as raízes de cada videira.

Aqui encontramos cerca de 30 variedades de uvas, entre essas destacamos as tintas Grenache Noir, Syrah, Mourvèdre, Carignan, Cinsault; e as brancas Grenache Blanc, Clairette, Viognier, Marsanne, Roussanne, Ugni Blanc, Rolle e outras. Em geral, os vinhos do sul são feitos com mais de uma variedade, são mais encorpados, mais alcoólicos e mais potentes que os do norte. 

AS PRINCIPAIS DENOMINAÇÕES DE ORIGEM DO RHÔNE E SEUS VINHOS

A maioria dos vinhos produzidos no Vale do Rhône são feitos sob a denominação regional de Côtes du Rhône, que abrange tanto as sub-regiões do Norte como do Sul, entretanto, praticamente todo o vinho com essa classificação provém da parte Sul. Isso se deve ao fato de que a maioria dos vinhedos do Norte encontram-se em localizações de prestígio que podem ser denominadas como Crus (um nível de produção com regras mais rígidas). Os rótulos Côtes du Rhône podem ser feitos como tinto, branco ou rosé; também podem ser varietais ou corte entre uvas. 

Dentro de Côtes du Rhône temos alguns villages, que são sub-regiões ainda menores. Para poder colocar o nome do Village no rótulo, 100% das uvas devem ser originárias dessa parcela específica. Atualmente, apenas 20 vilarejos são autorizados a colocar o nome no rótulo. Para além disso, há que se seguir regras de produção mais rígidas e vinhedos com menores rendimentos. Os villages também podem ser tintos, brancos ou rosés; mas, por lei, os vinhos devem ser elaborados a partir de uma mistura de pelo menos 2 uvas, sendo a Grenache a principal tinta.

No topo da hierarquia, com regras muito mais restritas no que diz respeito a plantio e vinificação, estão as denominações classificadas como Cru. No Rhône, temos ao todo 17 denominações nesta categoria, sendo que 8 estão na parte Norte e 9 na parte Sul. Começando lá de cima, temos:

CRUS DO NORTE

  • Côte-Rotie: o nome desse Cru quer dizer literalmente “encosta assada”, uma referência à grande quantidade de sol que a encosta recebe. Aqui só se produzem vinhos tintos feitos com a Syrah, mas é permitida a adição de até 20% da casta branca Viognier. Os vinhos costumam apresentar notas de frutas negras, especiarias como pimenta, e violetas.  Importante ressaltar que não são produzidos vinhos brancos aqui.
  • Condrieu: essa denominação é exclusivamente de vinhos brancos e a única casta permitida é a Viognier. Em geral, são vinhos secos, encorpados, com acidez moderada e aromas intensos de frutas tropicais, amêndoas, flores e mel.
  • Château-Grillet, na verdade, é uma propriedade dentro de Condrieu que possui sua própria denominação. Ela conta com 3,5 hectares e os vinhos são feitos seguindo as mesmas regras de Condrieu.
  • Saint-Joseph: aqui é permitida a produção tanto de tintos com a uva Syrah, como de vinhos brancos, geralmente feitos com as uvas Marsanne e Roussanne. Os tintos representam 90% da produção. Neles, podem aparecer aromas e sabores de groselha, violetas e notas grafite.
  • Crozes-Hermitage é a maior denominação do Norte em termos de volume. Os vinhedos encontram-se ao redor da montanha de Hermitage, com solos variados. Lá, até 15% de Marsanne e Roussanne pode ser adicionado ao vinhos tintos, que representam a maior parte da produção, e costumam ter notas de frutas negras, chocolate, café e folhas escuras. Os brancos, em geral, têm notas de flores e frutas silvestres.
  • Hermitage: encosta íngreme dentro de Crozes-Hermitage. Aqui também é permitido adicionar até 15% de Marsanne e Roussanne nos tintos, apesar de ser uma prática rara. Essas castas são mais usadas para produção de vinhos brancos mesmo. Tanto os tintos quanto os brancos feitos aqui são rótulos bem estruturados e com grande potencial de envelhecimento.
  • Cornas: produz apenas vinhos tintos feitos 100% com a uva Syrah. Os vinhedos estão em encostas bem íngremes, com boa exposição solar. Os rótulos produzidos em Cornas apresentam de muito corpo e estrutura, além de aromas de frutas pretas, café, fumo e um toque de carne.
  • Saint-Péray: este Cru produz apenas vinhos brancos, que podem ser tranquilos ou espumantes, elaborados com as uvas Marsanne e Roussanne. Os espumantes são produzidos aqui desde 1825.

CRUS DO SUL

 

  • Châteauneuf-du-Pape: um dos nomes mais reconhecidos do Rhône e também o maior de todos os Crus da região, é um terroir emblemático com solos de pedras calcárias (os galets). Lá, são autorizadas oficialmente 13 castas diferentes entre tintas e brancas, sendo Grenache, Syrah, Mourvédre, Clairette, Cinsault, Roussanne e Bourboulenc as principais. Os vinhos são bem encorpados e carnudos, famosos pela estrutura e pelos taninos maduros. Também podem ser produzidos na versão branca, na qual costumam apresentar notas de maçã verde e flores, paladar igualmente encorpado e acidez moderada.
  • Gigondas: a temperatura aqui é bem quente, mas as massas de ar frio ajudam a preservar acidez dos vinhos. A maior parte da produção é de tintos feitos pelo corte famoso GSM (Grenache, Syrah, Mouvèdre), enquanto os rosés são feitos na maior parte com Grenache. Não há produção de vinhos brancos aqui.
  • Vacqueyras: aqui encontramos vinhos tinto, branco e rosé. Os tintos também são feitos pelo corte GSM, porém, podem ser mais carnudos e encorpados. Os brancos costumam ser feitos com Clairette, Grenache Blanc e algumas outras, e os rosés são feitos em sua maioria com Grenache, Mourvèdre e Cinsault.
  • Beaumes-de-Venise: nesta denominação temos os Vin Doux Naturels (Vinhos Doces Naturais  – VDN), entre eles, o famoso Muscat de Beaumes-de-Venise, feito com a Muscat à Petit Grains. São vinhos com aromas de flores, lichia e mel. Aqui também temos vinhos tinto secos, elaborados com Grenache e Syrah.
  • Lirac: as condições climáticas fazem com que o rendimento das videiras seja baixo, aumentando a qualidade dos vinhos. Os vinhos brancos, feitos principalmente com a Clairette, são bem macios e de corpo médio, com aromas de limão, erva-doce e maçã. Os rosés são feitos nos dois estilos (mais claro – prensagem direta; mais escuro – com maceração das cascas), com as uvas Grenache, Cinsault, Syrah e Mourvèdre; os tintos utilizam as mesmas uvas que os rosés.
  • Tavel: a denominação mais famosa de vinhos rosés, e produz apenas rótulos nesse estilo. Embora a Grenache seja a principal uva, é permitido o uso de outras 9 variedades. Os vinhos são feitos pelo método saignée, em que há maceração das cascas. O resultado são vinhos com boa concentração e estrutura.
  • Vinsobres: produz apenas vinho tinto feitos com pelo menos 50% de Grenache.
  • Rasteau: aqui é possível encontrar Vinhos Doces Naturais (VDN) brancos, tintos e rosés. Também encontramos tintos secos, e o corte predominante é o GSM.
  • Cairanne: o Cru mais recente do Rhône. Produz tintos e rosés, com maior porcentagem de Grenache Noir. Os vinhos brancos são feitos em maior parte com a Grenache Blanc e costumam ter um toque herbal no nariz.

 

PRODUTORES RENOMADOS DO RHÔNE

Em uma região como essa as possibilidades são inúmeras. Produtores de alto nível conseguem explorar o melhor de cada uma dessas regiões e criar vinhos inigualáveis. 

Há grandes nomes no Rhône, entre eles o conceituado M. Chapoutier, existente desde 1808 em Hermitage. Apesar da enorme tradição, foi quando o bisneto do fundador e visionário enólogo Michel Chapoutier se tornou responsável pela produção dos vinhos que a vinícola alcançou grande fama e prestígio internacional.

Michel queria extrair a expressão pura da região e das variedades de uvas ali encontradas. Para isso, decidiu trabalhar com as chamadas “sélection parcellaires”, fazendo vinhos particulares, de acordo com as características das diferentes parcelas de terra. Além disso, Michel também optou por um cultivo mais natural das uvas, adotando práticas agrícolas orgânicas e biodinâmicas e investindo na dica dada pelo renomado crítico Robert Parker em uma visita à vinícola quando Michel ainda tinha apenas 27 anos  O crítico acreditava que o cultivo sustentável pudesse ser um diferencial da M. Chapoutier no mercado. 

O trabalho desse enólogo inovador, admirado desde cedo por Parker, acaba de chegar na Evino.

Inspirado pela filosofia dos vinhos de terroir, Michel originou alguns dos rótulos que levaram o  seu nome e o nome do Rhône a ganhar reconhecimento no mundo inteiro. Entre eles, um Châteauneuf-du-Pape tradicional e um Crozes-Hermitage 100% Marsanne.

*Sujeito a alteração de estoque

Outro grande nome do Vale do Rhône é Xavier Vignon. O enólogo, famoso pelo seu perfil singular preza muito pelo valor do trabalho bem feito. Em 1996, começou sua carreira de enólogo consultor. Com reputação de consultor ousado e de técnicas inovadoras, que funcionam muito bem, atraiu cada vez mais clientes para sua porta e foi incentivado pelos mais próximos a produzir seus próprios vinhos, que hoje também são adorados pelo crítico Robert Parker.

Encantado com o Vale do Rhône e sua multiplicidade de terroirs, Xavier resolveu fazer seus vinhos ali, onde teria a liberdade de criar: poderia explorar vinhos com diferentes exposições solares, solos distintos e trabalhar com um bom número de castas para elaborar vinhos espetaculares. Um grande vinho é o Xavier Vignon Arcane VI Les Amoureux Côtes du Rhône AOP 2016.

*Sujeito a alteração de estoque

O rótulo Les Amoureux traz pela primeira vez a junção de 5 Crus diferentes: com uvas cultivadas em Lirac, Gigondas, Beaumes de Venise, Vacqueyras e Rasteau, essa assemblagem é composta de 80% de Grenache, 20% de Mourvèdre, Cinsault e Caladoc. O vinho apresenta notas de morango, framboesa, mirtilo e ameixas; também é possível sentir especiarias como pimenta preta e ervas. Na boca é potente, com taninos bem estruturados, sem deixar de ser macio e sedoso. 

Conheça também os vinhos da linha Signature: Xavier Vignon Signature Range Lirac 2016 

*Sujeito a alteração de estoque

Este Cru está bem de frente para esta denominação está Châteauneuf-du-Pape. Por isso, Lirac é famosa pela produção de tintos no estilo de seu vizinho, afinal, as duas denominações ficam muito próximas. Nesta denominação o clima e o solo contribuem para que as vieiras gerem frutas de qualidade superior. As duas variedades foram co-fermentadas, para gerar maior complexidade, a temperaturas moderadas, visando favorecer a difusão aromática. Envelhecimento de 30% em barricas por 12 meses, o restante estagiou em cubas de concreto para preservar a pureza da fruta.

Agora, se você quer conhecer os vinhos direto da famosa denominação de Châteauneuf-du-Pape, sugerimos dois grandes vinhos: Domaine Le Mourre Chateauneuf Du Pape 2016, elaborado pela Celliers des Princes, produtores de Châteauneuf-du-Pape desde 1925 e o Domaine du Père Papité Châteauneuf-du-Pape AOC 2017, elaborado pela Castel, um dos maiores produtores de vinho da França. Com vinhedos em diversas regiões, a produtora sempre trabalha com o máximo respeito pelo terroir e pela paisagem vitícola francesa em geral. Cada uma de suas propriedades compartilha de um compromisso duradouro com a produção de vinho sustentável, desenvolvendo métodos de trabalho levando em consideração as pessoas e o meio ambiente.

Domaine Le Mourre apresenta cor vermelho-rubi, com notas de frutas vermelhas frescas e especiarias; na boca tem taninos sedosos, é redondo, potente e elegante e com final longo. Já o Domaine Le Père é tem coloração rubi mais intenso, com aromas de frutas vermelhas e pretas maduras, cacau e especiarias.

HISTÓRIAS DO RHÔNE

As vinhas estão presentes nessa região há milhares de anos, desde as tribos célticas. Entretanto, foi por volta de 600 a.C., com a instalação dos gregos, que começou-se a viticultura formal. O rio Rhône era então utilizado para transportar mercadorias, entre essas alguns barril de vinho.

Os romanos chegaram por volta do ano 12 a.C., e então começaram a desenvolver  os vinhos para o interior e norte do Vale. Os romanos foram responsáveis pelas escavações de terraços em diversas encostas do Norte, como Côte-Rotie e Saint-Joseph, permitindo o plantio das vinhas.

A região continuou produzindo vinhos mesmo com a queda do império, porém, a fama só viria séculos mais tarde. Tudo começou no século 14, quando o palácio do Papa passou a ficar na cidade de Avignon, na parte Sul do Vale; foram 7 Papas franceses no comando da Igreja neste século.

Enquanto o centro da Igreja estava no Rhône, os Papas incentivaram a produção de vinhos locais, em especial os vinhos do vilarejo mais próximo do castelo que estava a cerca de 20km de distância. Foi nesse vilarejo que o Papa João  XXII resolveu construir uma residência de verão, propriedade que ficou conhecida como Châteauneuf-du-Pape (em português, o Castelo novo do Papa). Mais tarde, esse se tornaria o nome do próprio vilarejo.

Mais alguns séculos para frente, em 1924, foi o Barão Pierre Le Roy – proprietário de vinhedos na região e advogado – que buscou proteger a região desses vinhos e em 1935 ajudou a criar o primeiro sistema de Appellation d’Origine Contrôlée (Apelação de Origem Controlada – AOC). Foi Barão Le Roy também que, juntamente com outros sindicatos, fundou o Institut National des Appellations d’Origine (INAO).

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