Sicília: a tradição vinícola da principal ilha da Itália
Famosa por suas feirinhas de rua, pela produção de azeitonas e por ter uma das cozinhas mais diversificadas da Itália, a ilha que atende pelo nome de Sicília ainda conta com uma outra importante atividade que vem conquistando, ano após ano, admiradores nos quatro cantos do mundo: a vinícola.
Em meio ao mar Mediterrâneo, a região, que pertence à Itália e está separada do continente pelo estreito de Messina, é uma das principais ligações entre o Ocidente e a África Setentrional. Abrangendo uma área de aproximadamente 25.710km, ela tem uma população estimada em 5,1 milhões de habitantes. E, aqui, arriscamos dizer: dessas 5,1 milhões de pessoas, com certeza, 6 milhões são apaixonadas por vinho.
A Sicília é uma das principais regiões produtoras de vinhos da Itália, perdendo apenas para o Vêneto, a Puglia e a Emilia-Romagna. Produzindo cerca de 4,4 milhões de hectolitros por ano (só para se ter uma ideia, a Itália produz
em média 49 milhões hl/ano), a região deve muito do que é hoje aos seus antepassados.
E sabe por quê?
Bem, era uma vez o século VIII ac. Lendas dizem que tudo começou quando colonos gregos percorreram pouco mais de 1.000 km e chegaram à costa da ilha levando, como companhia, muitas vinhas de diversas espécies. Graças ao terroir adequado (solo e clima), elas se desenvolveram belissimamente na região, juntando-se a outras castas que já existiam no local.
A cultura do vinho intensificou-se ainda mais depois da fundação das cidades de Siracusa e Agrigento, mas a partir de 1773 que a produção vinícola da ilha deu uma importante alavancada, com a criação do vinho Marsala pelo inglês John Woodhouse.
A história é bem interessante: o inglês chegou à ilha no século XVIII e provou, na cidade de Marsala, o vinho ‘Perpetuum’. Por ter a-do-ra-do a bebida, ele decidiu levá-la ao seu país de origem. Só que, para ter mais resistência, por causa do tempo de viagem, foi necessário adicionar álcool ao vinho, o que o tornou fortificado. Lá na Inglaterra, por fim, ele decidiu batizá-lo com o nome da região de onde saiu. Vale saber que este rótulo era o preferido do Almirante Horatio Nelson, o responsável por ter afundado a tropa de Napoleão. Curioso, não?
Mas agora voltemos à Sicília.
Apesar de ser uma ilha, ela possui vasta extensão territorial, com grande diversidade de terrenos, especialmente basálticos, e microclimas bastante variados. Os verões são bastante quentes, em particular no lado sudoeste, influenciado pelos ventos que sopram da África. Já os invernos são amenos, porém chuvosos.
Essa combinação de fatores favorece o amadurecimento das uvas por completo, resultando na produção de vinhos de corpo médio a alto, com sabores de frutas mais maduras, menor acidez e maior teor alcoólico. Além disso, as uvas tendem a ter um rendimento maior, o que também contribui para a grande produção vinícola da ilha.
E já que estamos falando de uvas, é bom lembrar que a maior parte das uvas cultivadas na Sicília são brancas, entre as quais destacam-se a Catarrato (que resulta em brancos encorpados), a Inzolia (base de vinhos leves e aromáticos) e a Grillo (neutra). No tocante às uvas tintas, podemos citar a famosa Nero d’Avola – também chamada de Calabrese – (potentes e de caráter), a Frapatto (que resulta em vinhos vigorosos e frutados) e a Nerello Capuccio/Nerello Mascalese (base de vinhos vivos e consistentes). Uvas estrangeiras, como as francesas Syrah e Merlot, são mais recentes, mas têm conquistado seu espaço na viticultura local.
A área conta com diversas sub-regiões para originar vinhos tão adorados. Suas principais Denominações de Origens Controladas, são Marsala, Alcamo, Faro, Etna, Moscato di Siracusa, Moscato di Noto, Cerasuolo di Vittoria, Malvasia delle Lipari e Moscato di Pantelleria.
Com a modernização dos equipamentos e adegas, empresário de visão e investimento de outras localidades, produtores da área têm cativado admiradores em todo mundo com seus vinhos intensos, frutados, concentrados e explosivos.
Ficou com vontade de dar um passeio por lá, penetrar ainda mais na cultura vinícola do local e conhecer de perto essa ilha tão instigante? Fique sabendo que há um modo bem diferente e encantador: a Sicília possui 12 estradas que compõem a chamada ‘Rota do Vinho’. Cortando a ilha de norte a sul e de leste a oeste, elas conquistam todos aqueles que se permitem o prazer de conhecê-la
Buon viaggio.
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