Prosecco: saiba o que é, origem da uva e curiosidades
O espumante Prosecco é um convidado vip da maioria das festas atuais. A bebida efervescente conquistou muitos fãs por ser leve, refrescante e sofisticada.
Este vinho faz um momento comum borbulhar, literalmente. Ele é elegância aliada à descontração e leva muito brilho às comemorações.
Mesmo quando se está sozinho, beber um Prosecco faz a diferença. É uma companhia sempre bem-vinda para quem gosta de fazer um brinde à vida.
Saiba a seguir o que é Prosecco em detalhes.
O que é Prosecco?
Prosecco é uma Denominação de Origem Controlada onde são produzidos vinhos espumantes, brancos ou rosés. Originários da Itália, são elaborados nas regiões do Veneto e Friuli Venezia Giulia.
É geralmente um vinho branco espumante, podendo ser também tranquilo (sem gás carbônico) ou frisante (levemente gaseificado).
De onde vem a uva Prosecco
Para saber o que é Prosecco na íntegra, é preciso considerar que tudo começa a partir da uva Glera (mínimo 85%), uma variedade branca, que produz cachos grandes e longos, com maturação tardia.
Produtiva e com perfil aromático relativamente neutro, consegue reter boa acidez para produção de espumantes refrescantes, compondo o que é Prosecco.
Os vinhos podem ter outras castas em seu blend, a saber: Verdiso, Bianchetta Trevigiana, Perera, Glera Lunga, Chardonnay, Pinot Bianco, Pinot Grigio e Pinot Nero.
Os vinhedos estão localizados nas colinas de 9 províncias (Gorizia, Pordenone, Trieste, Udine, Belluno, Padova, Treviso, Venezia e Vicenza).
Os terrenos devem ter boa exposição solar e os solos bem drenados. É uma região de paisagem belíssima, sendo que as Colinas de Prosecco di Conegliano e Valdobbiadene foram reconhecidas como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 2019.
Como é fabricado o espumante Prosecco
Após a colheita as uvas são levadas para a vinícola rapidamente, mantendo sua temperatura baixa para a preservação do potencial aromático.
Os cachos são prensados delicadamente e o mosto resultante recebe adição de leveduras e fermenta por 15/20 dias a uma temperatura ao redor dos 18°C para preservar os aromas e sabores mais delicados.
O vinho resultante da fermentação pode ser envasado como tranquilo ou passar por uma segunda fermentação, tornando-se frisante ou espumante, através do método Martinotti-Charmat.
O líquido é submetido a uma segunda fermentação em tanques pressurizados, com duração mínima de 30 dias, ao longo dos quais adquire suas borbulhas.
A partir desta segunda fermentação, o que é Prosecco adquire forma.
Diferença entre Prosecco e espumante
O processo de fabricação de todos os vinhos envolve a fermentação, que é a transformação do açúcar em álcool.
Somente os espumantes passam por um segundo processo de fermentação, no qual a liberação do gás carbônico retido gera as famosas borbulhas, que caracterizam os espumantes.
Somente os vinhos espumantes produzidos nas regiões autorizadas da Itália recebem o nome de Prosecco.
Há variações mais suaves denominadas frisantes, que produzem menos borbulhas, e, ainda assim, conservam o glamour da bebida.
E por falar na diferença entre o Prosecco e o espumante, você conhece as diferenças entre os vinhos secos, doces e suaves? Pesquise este assunto e escolha o seu vinho preferido!
Características do Prosecco
O Prosecco espumante é um vinho branco de cor pálida e aromas primários de maçã verde, pera, melão e notas florais como rosa. No paladar é fresco, com acidez refrescante, corpo ligeiro e sabores frutados.
Sua qualidade varia de produtos simples a complexos, mas sempre jovens e sem potencial para evolução. No caso dos Prosecco, quanto mais jovem o vinho, melhor.
A doçura nos espumantes pode variar, mas a maior parte destes é envasada como Extra-Dry, tendo entre 12-17g/L de açúcar residual.
Esse toque de dulçor no paladar faz dos Prosecco espumantes fáceis de beber e muito harmônicos no paladar.
Os espumantes podem ser ainda classificados como Brut Nature (0-3g/L), Extra-Brut (0-6g/L), Brut (até 12g/L), Dry (17-32g/L) e Demi-sec (32-50g/L).
Há diversos estilos de vinho Prosecco segundo sua zona de produção e denominação de origem.
Prosecco DOC
É o estilo mais básico deste vinho. A maioria dos produtos é simples, fresco e econômico.
Prosecco Trieste DOC e Prosecco Treviso DOC
Estas são duas denominações regionais, com produção restrita a estas duas províncias e com qualidade superior.
Conegliano Valdobbiadene Prosecco Superiore DOCG
Espumante produzido nas colinas na zona de Conegliano Valdobbiadene em 15 municípios.
O volume de produção de uvas é limitado, e alguns dos melhores exemplares pertencem a essa denominação.
Conegliano Valdobbiadene Prosecco Superiore Rive DOCG
O termo “Rive” significa encosta, em referência às 43 colinas com encostas íngremes desta zona, cada uma com expressões particulares de solo, exposição solar e microclima.
As uvas têm produção restrita, a colheita deve ser realizada manualmente e os espumantes são sempre safrados. Estes são produtos de qualidade excepcional, mas bastante raros.
Valdobbiadene Superiore di Cartizze DOCG
Vinho de maior qualidade dentro da denominação, tem origem em uma área pequena, com apenas 107ha de vinhedos, nas encostas íngremes de San Pietro di Barbozza, Santo Stefano e Saccol, em Valdobbiadene.
O micro clima nesta zona é ameno e os solos antigos foram formados pelo derretimento de glaciares, com pedras, arenito e argila, criando um terroir único, além de ter o menor rendimento por hectare, assegurando a máxima qualidade.
Os espumantes são complexos no nariz, com notas de maçãs, peras, frutas cítricas, pêssegos, damascos, rosas e amêndoas.
No paladar são elegantes e harmônicos, com sabores frutados e borbulhas finas e delicadas.
Asolo Prosecco DOCG
Produzido nas colinas de 18 municípios na província de Treviso, no sopé do Monte Grappa, ao longo do rio Piave. Os espumantes são de alta qualidade.
Harmonização com Prosecco
Esse estilo de vinho é bastante versátil na harmonização enogastronômica. Funciona muito bem com antepastos, charcutaria, queijos frescos, nozes, amêndoas e castanhas.
Peixes e frutos do mar, saladas e frutas frescas também criam experiências memoráveis, com destaque para o melão com Prosciutto di Parma.
Pratos picantes da culinária asiática (indiana, tailandesa, chinesa, vietnamita) também harmonizam de maneira excelente. Experimente com sushis, Phad Thai ou ainda com dumplings glutinosos vietnamitas.
O teor alcoólico moderado e o delicado dulçor residual encontrado em boa parte dos espumantes é a chave para estas combinações.
Prosecco também é frequentemente o espumante utilizado na elaboração de coquetéis, com destaque para a Mimosa (com suco de laranja), Bellini (com purê de pêssego), Rossini (com purê de morangos), Puccini (com suco de tangerina) e Tintoretto (com suco ou xarope de romã).
Curiosidades
A uva Glera era amplamente denominada Prosecco até 2009, quando o crescimento da região renomeou a casta para seu nome atual, deixando o nome antigo apenas para a denominação.
Isso gera alguns conflitos no mundo do vinho, pois há vinhedos cultivados com a uva Prosecco em países como o Brasil e a Austrália, por exemplo.
Nestes países se pode produzir espumantes e nomeá-los Prosecco, mas sua exportação para outros países fica restrita.
Existe Prosecco Rosé?
O vinho rosé tem muitos adeptos e desde 2020 foi autorizada a produção de Prosecco rosé, com a adição de Pinot Nero vinificado em tinto ao blend para a obtenção da coloração desejada, mas este ainda é um produto raro no mercado.
Qual é o melhor Prosecco?
Sem dúvida, é o Prosecco italiano, produzido nas regiões autorizadas pela legislação do Selo de Denominação de Origem Protegida (DOP). No Brasil, é importado o Le Calleselle Extra Dry, que apresenta leve dulçor, sendo um Prosecco preço bastante acessível.