Itália: um país cercado de vinho por todos os lados
Acredita-se que a cultivação das videiras tenha chegado à Itália por volta de 757 ac, trazida pelos gregos, quando se estabeleceram no Sul do que hoje é o país, bem como nas ilhas vizinhas.
De lá para cá, o consumo do vinho expandiu-se e sua produção espalhou-se pelas zonas mais improváveis do planeta. Uma coisa, todavia, permanece imutável: a Itália permanece o maior produtor mundial da bebida: dos 260 milhões de hectolitros de vinho produzidos em todo o mundo em 2020, 18,8% foram produzidos na Itália, seguida na Europa pela França, com 17,9%, Espanha, com 15,7%, Alemanha, com 3,2%, e Portugal, com 2,5%.
A Itália também é o berço de 545 variedades autóctones viníferas de uva, ou seja, que só existem lá. O número representa praticamente um terço das cerca de 1.600 variedades de uvas viníferas existentes no mundo.
Tal patrimônio, nas mãos de mais de 30.000 produtores italianos localizados em todas as 20 regiões do país, transforma-se em nada menos do que cerca de 2.000 variedades de vinhos, das quais 527 com designações de origem, entre DOCG, DOC e IGT, que garantem a qualidade da bebida e certificam que suas características estão intimamente vinculadas ao território onde é produzida.
Entre as regiões mais conhecidas no Brasil e que também são as com o maior número de vinhos com denominação de origem, incluem-se o Piemonte (terra dos Barolos e Barbarescos), a Toscana (de onde saem os famosos Chianti e Brunellos de Montalcino), o Vêneto (pátria do Amarone, do Valpolicella e do Prosecco), a Puglia (berço do Primitivo di Manduria e do Negroamaro) e a Sicília (terra de Sol e também do Marsala e do Salaparuta).
Embora Roma, sua capital, seja uma das cidades mais visitadas do mundo, poucos sabem que o Lazio possui 6 vinhos IGT, 27 DOC e 3 DOCG. Dá quase para tomar um vinho da região por semana, ao longo de um ano, sem repetir!
A produção da bebida na região remonta aos etruscos. A palavra vinho, aliás, deriva da palavra etrusca vinum, da qual tem origem todas as demais denominações da bebida nas principais línguas faladas na Europa: vino, wine, vin, wein.
O vinho produzido no Lazio, primeiro grande centro produtor da bebida em todo o mundo, era fermentado e transportado em ânforas ou odres (bolsas de pele) e, com a expansão do Império Romano, seu consumo ganhou o mundo, tornando-se parte integrante da dieta dos principais centros urbanos da época.
As principais zonas produtoras da região incluem os Castelos Romanos, a região de Viterbo e a de Frascati e entre as variedades de uvas, destacam-se as autóctones Malvasia del Lazio, Bellone, Moscato di Terricina e Moscato di Terracina que, juntamente com uvas de outros países introduzidas na região, como Melot, Cabernet Franc e Syrah, produzem alguns dos melhores vinhos do planeta.
Ao contrário de outras regiões italianas, em que as uvas tintas são mais numerosas, cerca de 76% das uvas cultivadas no Lazio são brancas.
O vinho mais famoso da região é o Frascati, um DOCG produzido com pelo menos 70% de Malvasia e outras uvas locais (Bellone, Bombino, Greco, Trebbiano Giallo e Toscano). É um vinho branco seco, de coloração amarelo claro (que se torna mais intenso nas versões envelhecidas), com aroma em que se destacam notas de flores brancas e minerais.
Outro DOCG famoso na região é o Cannellino di Frascati, que é feito com as mesmas uvas utilizadas na produção do Frascati, mas com um processo de fabricação que torna a bebida adocicada, com coloração amarela intensa e notas de frutas maduras.
Mas não só de brancos vive o Lazio. Entre os tintos, reina o Cesanese del Piglio, DOCG de grande estrutura, longevo, com notas de frutas vermelhas maduras e odores de especiarias.
Já entre as vinícolas mais renomadas da região, figura a histórica Casale del Giglio que, entre outros, produz o Mater Matuta, importante vinho tinto produzido com uvas Syrah, bem como o Petit Verdot, branco complexo produzido com 100% de uva Bellone. Outro representante de peso é a Principe Pallavicini, dona do mais vinhedo privado de Frascati, com cerca de 54 hectares. Também parte do grupo a Cantina Gotto d’Oro, uma das maiores da região dos Castelos Romanos.
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