Seja para a pessoa apaixonada por vinhos ou para quem aprecia a bebida eventualmente, uma coisa é certa: o Caminho do Vinho é uma experiência única e memorável. 

Neste artigo, vamos explicar o que você precisa saber sobre esse passeio turístico, como as atrações, as vinícolas, dicas para aproveitar a rota e muito mais. Vamos lá? 😉

O que é o Caminho do Vinho?

O Caminho do Vinho é uma rota de turismo rural situada na região de São José dos Pinhais, que fica apenas a alguns quilômetros de distância de Curitiba, capital do Paraná.  

Esse passeio é conhecido pelas belas paisagens e pela presença de diversas vinícolas familiares. Além disso, ele oferece aos visitantes a oportunidade de aprender sobre o processo de produção de vinho, degustar diferentes rótulos e desfrutar experiências em meio aos vinhedos.

Outros destaques do Caminho do Vinho são as ricas opções gastronômicas, como restaurantes e cafés coloniais. Fora isso, os turistas também podem aproveitar as pousadas, chácaras para eventos, artesanatos, alternativas de lazer, entre outros.   

Localização e principais regiões produtoras

Como mencionamos antes, o Caminho do Vinho está localizado em São José dos Pinhais, a cerca de 16 quilômetros de distância de Curitiba.

As principais regiões produtoras de vinho desse roteiro turístico remontam a história dos imigrantes que se estabeleceram no local, muitos de origem italiana. 

Acontece que as colônias de imigrantes tiveram muita influência no comércio local. Consequentemente, contribuíram para a criação dessa rota que hoje é uma das principais atrações do município.

Em 1878, cerca de 560 imigrantes, majoritariamente italianos, se instalaram em São José dos Pinhais. À época, a polonesa Colônia Murici já existia, assim como as colônias Gamelas, Accioli, Costeira e Zacarias. 

Com o passar dos anos, surge a Colônia Mergulhão. Ao contrário do que era comum naquele período, essa colônia não foi criada por determinação do poder público municipal ou estadual. Os moradores das colônias vizinhas, que citamos antes, foram comprando terras e se mudando espontaneamente para o Mergulhão. 

Localização e regiões produtoras do Caminho do Vinho

A Colônia Mergulhão fica a aproximadamente 10 quilômetros do centro de São José dos Pinhais. O nome remete aos pássaros aquáticos que são típicos da região, como o mergulhão caçador. Inclusive, a área rural de São José dos Pinhais possui muitos rios e nascentes, por isso a presença dessas aves.

Como muitos dos imigrantes trouxeram de seus países de origem algumas mudas de vinhas, eles deram continuidade à tradição de suas famílias de cultivar essas plantas. Dessa forma, produziam para a própria subsistência, mas também elaboravam vinhos.

Muitos anos depois, no fim da década de 1990, o poder público percebeu o potencial da região para a economia e turismo rural. Dessa forma, passaram a incentivar os produtores locais. Assim, em 1999, surge o programa Caminho do Vinho em parceria com a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo (SICTUR).

Hoje em dia, a Associação Caminho do Vinho – Colônia Mergulhão (ACAVIM) é que administra todas as atividades do roteiro turístico. Ela conta com apoio da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, por meio da SICTUR. 

Atrações do Caminho do Vinho

Existem diversas atrações no Caminho do Vinho. Além de conhecer as vinícolas e degustar seus rótulos, você pode apreciar a gastronomia local nos cafés e restaurantes coloniais.

Com esse roteiro, também é possível conhecer a história e o folclore da região por meio das casas, realizar atividades como pesca, visitar bares, pousadas e chácaras, entre outros.

Listamos aqui algumas das principais atrações desse roteiro turístico para você conferir.

Atrações do Caminho do Vinho

Visitas guiadas às vinícolas

Ao percorrer o Caminho do Vinho, você encontrará as oito principais vinícolas desse roteiro turístico. São elas: Adega Bortolan, Adega Laureanti, Cantina Della Mamma, Vinhos Don Gabriel, Vinhos do Italiano, Vinhos dos Irmãos Juliatto, Vinícola e Salumeria Politano e Vinhos Vô Vito.

O horário de funcionamento dessas vinícolas costuma ser das 9h às 18h. Além disso, algumas das adegas atendem todos os dias, enquanto outras estão fechadas às segundas-feiras. 

Também pode haver necessidade de agendamento dos passeios. Por isso, é essencial verificar esses tipos de informações ao programar as atividades que pretende fazer durante a rota.

Durante as visitas guiadas às vinícolas, um especialista, que pode ser um sommelier ou até o enólogo, por exemplo, deve receber os turistas e conduzi-los entre os principais lugares. São eles: os vinhedos, o local onde as bebidas são fermentadas, envelhecidas, entre outros. 

Visita guiada às vinícolas do Caminho do Vinho

Degustação de vinhos e produtos locais

Chegamos em um dos melhores momentos da experiência que é o Caminho do Vinho: a degustação. Além dos vinhos tintos, vinhos brancos e vinhos rosés, você pode apreciar alguns outros produtos produzidos pelas vinícolas.

Aqui, você pode degustar vinhos produzidos com uvas bem famosas, como Cabernet Sauvignon, Tannat e Malbec, até exemplares menos conhecidos.

Repletas de tradições familiares, as vinícolas também oferecem produtos como: suco de uva, pães, bolos, tortas, geleias, queijos, manteiga, conservas, salames, linguiças, vinagre, entre outros.

Ao longo dos passeios, é mais comum consumir apenas os vinhos. Porém, isso pode variar de vinícola para vinícola, podendo haver a harmonização dos rótulos com alguns dos alimentos produzidos ou comidas típicas da região.

Além disso, você também encontrará artesanatos, acessórios e outras lembrancinhas durante o percurso.

Culinária típica da região

Como mencionamos antes, a região do Caminho do Vinho foi construída ao longo dos anos por imigrantes europeus, especialmente os italianos. Dessa forma, a gastronomia típica da região pode ser definida como ítalo-brasileira, ou seja, com a influência da Itália e do Brasil. 

Alguns dos pratos mais comuns são à base de massas, sem contar receitas como galeto, polenta, tortei, sopa de capeletti, entre outros.

Como essas receitas evoluíram ao longo do tempo junto com os vinhos produzidos na região, ambos harmonizam muito bem. Combinações desse tipo são conhecidas como harmonização por regionalidade.

Para apreciar as iguarias da região, existem diversos restaurantes e cafés coloniais no Caminho do Vinho. Alguns deles são: Dulce Restaurante, Frutos da Terra, Panela de Barro, Restaurante Caminhos do Bosque, Casa Bela Café, Casarão Café Colonial, Vanille Café Colonial, etc.

Culinária típica do Caminho do Vinho

Passeios de bicicleta pelas vinícolas

Se você está em busca de uma forma mais aventureira de conhecer o Caminho do Vinho, uma ótima opção é fazer o percurso de bicicleta.

É possível percorrer pelas diversas trilhas e ruas aos arredores da rota, conferir vinhedos de perto e, dependendo do clima e da época do ano, apreciar a exuberante paisagem do local.

Você também pode chegar até as vinícolas que deseja visitar utilizando a bicicleta como meio de transporte.

Acima de tudo, é muito importante se certificar de que está utilizando uma bicicleta adequada para esse tipo de passeio. Além disso, use sempre equipamentos de segurança, como capacete e luvas, e não se esqueça de beber bastante água.

Como se programar para o Caminho do Vinho?

Como você viu até aqui, são inúmeras as possibilidades de aproveitar tudo o que o Caminho do Vinho tem a oferecer. Por isso, daremos algumas dicas para que você possa se programar para realizar a sua visita e aproveitar o máximo possível.

Melhor época para visitar

A melhor época para conhecer o Caminho do Vinho e visitar as suas vinícolas depende bastante do que você deseja vivenciar nesse passeio.

No sul do Brasil, a época de vindima — ou seja, a colheita das uvas — é entre os meses de fevereiro e março. Então, se você deseja observar de perto esse processo, é interessante realizar a sua visita nesse período.

Agora, se não é um desejo acompanhar a colheita, durante o outono e o inverno as paisagens ficam ainda mais bonitas por conta da coloração das vinhas. 

De outubro a março, os visitantes também podem colher morangos por meio do espaço Só Morangos Colha e Pague. 

Agora, se a sua ideia é curtir as férias em uma pousada ou fazer um evento ao ar livre, por exemplo, o verão e a primavera são ótimos momentos para ir ao Caminho do Vinho. 

Como chegar

Se estiver de carro e for utilizar o GPS, você pode buscar pela coordenada -25.571860 -49.146710. Ela é referente ao Portal do Caminho do Vinho, que é uma espécie de “entrada principal” da rota.

Outra forma de chegar até o Caminho do Vinho é utilizando as principais vias de acesso, que ficam aos arredores do roteiro. São elas:

  • Via 376 (Bradesco): é o caminho mais utilizado e, por isso, pode ter filas. Aqui, todo o percurso é asfaltado ou tem paralelepípedos;
  • Via 277 (Renault): é considerado um dos caminhos mais rápidos. Alguns trechos da estrada não possuem pavimentação, mas estão em ótimo estado;
  • Via Avenida das Torres (Nova Trincheira/Cemitério SJP): é um caminho mais recente, totalmente pavimentado. Costuma ser bem movimentado;
  • Via 376 (Barro Preto): também é um caminho bem rápido, que permite a chegada até o Portal do Caminho do Vinho atravessando um bairro de São José dos Pinhais;
  • Via 376 (Conduspar): esse caminho direciona os visitantes para o meio do roteiro e não passa pelo Portal. Apesar disso, também é bem rápido.

Dicas para aproveitar ao máximo o Caminho do Vinho

Agora que você já sabe o essencial para embarcar no Caminho do Vinho, aqui estão algumas dicas valiosas para aproveitar ao máximo essa jornada enológica:

  • Planeje a sua visita: é muito importante conferir os horários de funcionamento das vinícolas, restaurantes, cafés, bares, lojas e outras atrações ao longo do percurso. Assim, você consegue organizar todas as atividades do seu dia, garantindo que todas as paradas sejam bem aproveitadas. Também é possível contar com agências especializadas para montar um roteiro personalizado conforme as suas preferências;
  • Aposte no conforto e proteção: alguns itens são indispensáveis para que o seu passeio seja agradável, como roupas e calçados confortáveis, repelente para insetos nas visitas aos vinhedos, protetor solar, chapéus, entre outros. Além disso, lembre-se de beber água durante o roteiro! Manter-se hidratado é fundamental, especialmente em caminhadas mais longas;
  • Contrate um serviço de transporte: para chegar até as vinícolas, o ideal é utilizar um carro como meio de transporte. Por esse motivo, recomendamos que você contrate um transfer ou conte com o auxílio de motoristas locais. Com isso, fica ainda mais fácil degustar vinhos de forma segura e sem preocupações; 
  • Experimente diferentes tipos de vinho: aproveite a oportunidade para provar estilos de vinhos que ainda não estão presentes no seu dia a dia ou que talvez você nunca tenha apreciado antes. Desse jeito, poderá aumentar o seu repertório, conhecendo novos sabores, aromas e histórias. Lembre-se também que existem rótulos com propostas diferentes e um não necessariamente é melhor do que o outro, são apenas ofertas variadas conforme os diversos gostos e preferências;
  • Pergunte e aprenda ao máximo: uma experiência como essa deve ampliar ainda mais os seus conhecimentos e o seu gosto pelo universo do vinho, além da gastronomia e história da região. É o momento perfeito para tirar dúvidas e descobrir inúmeras curiosidades sobre esses assuntos. Por isso, aproveite e participe ao máximo de todas as interações com os especialistas do roteiro — eles terão o prazer em compartilhar conhecimentos com você;
  • Leve para casa suas escolhas favoritas: vale muito a pena levar uma recordação dessa vivência e prolongar a sua experiência mesmo ao fim da rota, especialmente as iguarias típicas da região ou os vinhos que mais gostou. Os artesanatos também são ótimas opções de lembrancinhas.

Conclusão

O Caminho do Vinho de Curitiba é um verdadeiro paraíso para os amantes de vinhos, boas comidas e novas experiências. Gostou de aprender mais sobre o que esse roteiro turístico tem a oferecer e as nossas dicas para aproveitar o máximo possível? Conte para a gente aqui nos comentários! 😉

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