Pinot Noir: Conheça tudo sobre uma das uvas mais sutis e elegantes do mundo

Entre as inúmeras variedades de uvas viníferas, existem algumas muito conhecidas, como a casta tinta Pinot Noir. 

Mas por que essa uva é famosa? E como são os vinhos feitos a partir dela? Neste artigo, vamos desbravar a origem dessa uva, quais suas características em diferentes regiões de cultivo, como harmonizar seus vinhos e muito mais. Vem com a gente! 😉

Origem da Pinot Noir

Considerada uma uva muito antiga, a Pinot Noir tem mais de 2 mil anos de idade. Por esse motivo, é difícil rastrear a origem exata dessa casta. Apesar disso, existem evidências que apontam para a região entre a Borgonha e o Jura, na França. 

Ao longo dos séculos, a Pinot sofreu diversas mutações naturais, gerando clones com algumas diferenças. Análises de DNA mostram que a Pinot Grigio é uma mutação de cor da Pinot Noir. Da mesma forma, a Pinot Meunier e a Pinot Blanc também são mutações com poucas variações genéticas.

Estudos também mostram outros diversos cruzamentos naturais com a Pinot Noir. Eles resultaram em várias castas conhecidas, como a Aligoté, a Chardonnay, a Gamay, entre outras.

Quais as características da Pinot Noir? 

Ela é uma uva de casca fina, com aromas delicados, bons níveis de acidez e taninos macios. Além disso, é conhecida por gerar vinhos de cor vermelho claro. 

O nome da uva traduz como ela é fisicamente. Pinot deriva da palavra “pineau”, que quer dizer pinha. Enquanto Noir quer dizer “preto”, assim como os cachos dessa variedade.

Essa casta é bem sensível e amadurece mais cedo. Por isso, se adapta melhor em regiões vinícolas de clima mais frio e com solos de calcário.

Onde a Pinot Noir é cultivada?

A região clássica dessa uva é a Borgonha, na França. Nesse local, todas as necessidades da casta em relação às condições climáticas e aos solos são completamente atendidas.

Nesse território, a Pinot Noir também é responsável pela elaboração de alguns dos vinhos mais caros do mundo.

Ainda na França, a Pinot é uma das principais uvas utilizadas na produção dos emblemáticos vinhos de Champagne.

Na Alemanha, a Pinot Noir é conhecida como Spätburgunder. Ela é a única variedade tinta a ser amplamente cultivada no país, principalmente nas regiões de Pfalz e Baden. O clima é fresco nessas áreas, mas há sol o suficiente para o amadurecimento ideal da uva.

Na década de 1990, a Pinot começou a ser cultivada em outras partes do mundo, como Austrália, Nova Zelândia, Chile e Estados Unidos. 

Na Austrália, a maioria dos territórios é muito quente para a uva. Sendo assim, as regiões de Yarra Valley e Mornington Peninsula conseguem dar vida a bons vinhos devido aos ventos vindos do mar. 

Já na Nova Zelândia, o destaque é para as regiões de Central Otago e Marlborough.

No Chile, os vales de Casablanca e San Antonio têm produzido bons exemplares. Já nos Estados Unidos, a região do Oregon apresenta condições climáticas mais apropriadas para o cultivo da Pinot Noir.

O que esperar de um vinho Pinot Noir?

Os vinhos produzidos por meio da Pinot Noir são conhecidos pela elegância. 

De um modo geral, quando a uva é cultivada em climas mais frescos, os vinhos apresentam em boca corpo leve, acidez elevada, álcool moderado e taninos delicados. 

No nariz, os rótulos revelam aromas de morango, cereja e cranberry, além de toques terrosos que podem se destacar quando o vinho é feito para envelhecer.

Já as uvas cultivadas em climas mais quentes geram vinhos encorpados, com taninos evidentes e teor alcoólico um pouco mais elevado. 

Além disso, os rótulos devem apresentar aromas intensos de frutas vermelhas, como morango em geleia, e também nuances de especiarias.

Como harmonizar com Pinot Noir?

Versátil para harmonizar, os vinhos Pinot Noir combinam com diversos pratos, como os que são feitos à base de carnes brancas ou vermelhas, massas, queijos, etc. 

Você pode optar por rótulos mais jovens e frescos para harmonizar com pratos de entradas, embutidos leves, queijos moles, como o Brie, e até peixes.  

Por ter níveis baixos de taninos, os vinhos produzidos por meio da Pinot Noir podem harmonizar com alguns peixes mais temperados ou cuja carne tenha sabor naturalmente forte, como o atum. O salmão, por ser gorduroso, pode ir bem com rótulos que tenham alta acidez.

Para os pratos principais, as possibilidades são imensas: você pode optar por um vinho francês, mais fresco, ou por um exemplar do Novo Mundo, mais encorpado. 

Experimente acompanhar preparos com filé mignon, risoto de cogumelos, legumes grelhados, aves assadas e até mesmo massas com molho de tomate.

Se quiser simplificar, a Pinot Noir é uma boa pedida para pizzas e petiscos. Mas se quiser apostar em uma comida mais clássica, o Bife Bourguignon é uma excelente pedida.

E então, gostou de saber mais sobre a uva Pinot Noir e os tipos de vinho que ela origina? Aproveite para descobrir qual seu rótulo favorito e abastecer a adega no nosso site! 😄